sábado, 26 de maio de 2012

Marvel vs DC

Não posso dizer que sou fã de HQ, na verdade li tão poucas que não quero nem listar. Por isso, minha avaliação se dará através das experiencias pessoais com desenhos animados e filmes, principalmente os recentes. Eu sei que é um assunto polêmico e delicado (risos), mas eu sempre quis colocar a minha posição.

Pra começar é preciso desmistificar a infantilidade e superficialidade diante dos HQ's e dos super-heróis. Como muitos devem saber, as HQ's são consideradas a oitava arte (uma brincadeira com o cinema por ele ser considerada a sétima) e não se limitam a estórias de super-heróis. Na verdade, você pode encontrar todas as categorias de narrativas nesses livros. Além, é claro de fazer parte da cultura pop mundial e influenciá-la, não só ela como também as artes em geral. Sobre os heróis, o que tenho a dizer é, eles não são só caras e moças bonitas que brigam contra o mal, se parar para conhecer melhor sobre o assunto, perceberá a quantidade de metáforas filosóficas, politicas, sentimentais e sociais presentes nas estórias. É uma arte completa!

Nessa disputa das grandes criadoras de personagens heróicos, não tenho dúvidas sobre quem seria o vencedor: DC Comics. Por vários motivos, pra começar: O Batman. Existe super-herói mais foda do que o Batman? Existe filme mais foda que "Batman: O cavalheiro das trevas"? Aquela mistura de fantasia com realidade, com toques filosóficos de existência e do que é certo e errado com cenas de ação fodíssimas, como a do assalto ao banco feito pelo Coringa. Ah, e o Coringa? O que é aquele Coringa?! Um cara louco que não tem pretensão de riqueza e poder (diferente do clichê Loki)* um personagem interpretado pelo magnifico Heath Ledger, que apenas quer ver o caos, um psicopata! Além de ser um longa que entrou pra história do cinema, tá na lista dos 1001 filmes para ver antes de morrer e foi dirigido por um dos grandes diretores hollywoodianos da nova geração, Christopher Nolan. (Outros longas que acho tão bom quanto ele são, o Watchmen, e, um pouco mais inferior a esses dois, V de Vingança, ambos da DC).

O segundo ponto para eu ter a DC como preferida é a animação "Liga da Justiça: Sem limites" exibida pelo SBT no seu programa infantil. Na verdade, esse desenho está bem longe de ser um produto para crianças, devido a sua complexabilidade nas estória e sua metáforas ao nazismo, por exemplo. Comparo a qualidade dele a grandes clássicos da história da animação mundial, não pelo traça e sim pelo roteiro.

O terceiro e último ponto são os personagens. Apesar de não gostar do Superman, ainda prefiro a DC neste quesito. Além de conter o melhor personagem da categoria de todos os tempos, Batman, eles possuem o Flash, não consigo explicar porque gosto dele, apenas gosto. Outra coisa que é importante para mostrar a superioridade da DC é analisar a construção dos personagens. Não que a editora seja hipercriativa e o Marvel não, a questão é que as estórias dos personagens da concorrente são, às vezes, repetitivos e outras vezes infantis e bobos.

É importante lembrar que eu gosto da Marvel, adoro o X-men, os Vingadores e tantos outros personagens, só odeio o Quarteto fantástico, mesmo!

*Sobre a espetada aos Vingadores: É um filme legal e tem boas cenas de ação e efeitos especiais indiscutíveis, mas o clichê da história me incomodou bastante. Um vilão que quer conquistar o mundo, pra mim, só reforça a infantilização da Marvel. E outra coisa, aqueles piadas a todo momento, forçaram um pouco. Não é toa, se você parar para perceber, que a cada piadinha, os personagens ficavam uns 3 segundos calados pra que o público do cinema pudesse rir. Mas, eu seria injusto se falasse que a cena do Deus fraco com o Hulk e o Loki é ruim, foi muito boa.

Não poderia deixar de divulgar a aposta a melhor filme comercial do ano: Batman - O Cavaleiro das Trevas Ressurge ou The Dark Knight Rises. Só o trailer mostrar o naipe do negócio!


segunda-feira, 21 de maio de 2012

Os 3 (2011)



Existe uma linha muito curta entre realidade e ficção. E é aí, onde grandes discussões em volta de documentários se desenrolam. Talvez pelo fato de, muitas vezes, nem nós mesmos sabermos se estamos sendo totalmente verdadeiros ou não, se em frente a uma câmera ou em frente a outras pessoas a gente se comporta da mesma forma e, até mesmo, partindo para uma questão mais rebelde-filosófica de pensamento, se tudo que a gente vive é real ou faz parte apenas de uma matrix.

É esta questão que o filme "Os 3" de Nando Olival, tenta discutir. Trata-se de um longa de 2011, em que três estudantes do interior, resolvem morar juntos em uma espécie de balcão abandonado em São Paulo. A partir de um trabalho de faculdade, um reality show onde todos os produtos que eles usavam no confinamento seriam vendidos, os três se sujeitam a vivenciar o seu próprio projeto. Durante a experiência, os personagens passam a criar histórias e com tempo passam a confundir ficção com realidade.




O filme contém poucos cenários, e o balcão/apartamento é predominante durante os quase 80 minutos de duração. Na primeira parte do longa, existem poucos móveis no espaço, uma mistura de moderno com o antigo e a bagunça. Na segunda parte do filme, os produtos que precisam ser vendidos são acrescentados ao lugar. Com objetos espalhados por todo canto, a composição, faz lembrar muito república de estudantes, com certeza houve uma pesquisa nestes lugares na pré-produção.

As roupas dos personagens trazem certa identificação com o público jovem. As vestes que usam em festas ou em casa faz a gente lembrar nossos amigos ou a nós mesmos, neste universo de faculdade, casa e balada.

Por fim, é um filme interessante, que aborda a questão da liberdade, da realidade e da veracidade dos reality-shows. Com uma direção de arte simples, inteligente e certeira. Apesar de haver um distanciamento do cotidiano do jovem, que encacharia perfeitamente neste longa, mas mesmo assim, uma malhação da vida não chega aos pés desse filme.



domingo, 20 de maio de 2012

Diferentes formas de ouvir

"Diferentes formas de ouvir" vai ser uma série de postagens que pretendo manter por muito tempo. Nelas as coisas vão funcionar da seguinte forma: Indicação de bons discos de diferentes ritmos musicais. Claro que a prioridade serão os músicos nacionais, já que tenho uma certa paixão pela nossa cultura. A formatação se dará de uma pequena crítica seguida de informações do disco, incluindo a arte da capa, e recomendações das melhores musicas.

Tono - Tono (2010)

Tono é um daqueles grupos inventivos, que trazem uma música experimental e muito difícil de se encaixar em algum rótulo musical. Por muitas vezes me lembram os Mutantes e os Novos Baianos, com influências claras sobre essas duas bandas. Numa onda tropical, brega, eletrônico, axé, marchinha de carnaval, pop, alternativo e brasileiro, o segundo cd da banda traz uma sequência de músicas diferenciadas, como o Samba do Blackberry, uma espécie de samba eletrônico e com um refrão grudento comum nesses tipos de música e Aquele Cara é uma música indescritível. Viva a mistureba!

1. Não Consigo
2. Me Sara
3. Sem Falsas Esperanças

4. Corte no Pé
5. So In
6. Aquele Cara
7. Ele Me Le
8. Mariposa
9. Da Terra Pro Sol
10. Distante Demais
11. Samba do Blackberry
12. Nega Música

* Em negrito, as músicas recomendadas

Cd disponibilizado pela própria banda no site oficial
http://www.tono.mus.br/downloads.aspx






Vanguart - Boa parte de mim vai embora (2011)
Vanguart sempre foi uma das minhas bandas favoritas. Desde o sucesso de semáforo, viciei neste som folk, indie, rock da banda cuiabana. Se o primeiro cd era sensacional, o segundo, Boa parte de mim vai embora, arrebenta! Eles não mudaram muito desde o primeiro disco, mas o segundo trouxe uma maturidade interessante ao som consolidado. Eles se reinventaram, mas manteram a essência, sabe?
Todas as faixas são em português, diferente do primeiro em que a maioria era em inglês, uma em espanhol e poucas no nosso idioma. O que é interessante, afinal aproxima a banda do público brasileiro. Neste trabalho, o grupo torna-se mais comercial, isso não significa uma queda de qualidade, pelo contrário. Por fim, é recomendado ouvir todo albúm, mas claro que existem as melhores. Viva a boêmia!


1. Mi Vida Eres Tu
2. Se tiver que ser na bala, vai
3. Desmentindo a despedida

4. Nessa cidade
5. Engole (Arde Mais que Brasa em Pele Quente)
6. A patinha da garça
7. Eu vou lá
8. Onde você parou
9.  ... Das Lágrimas
10. Amigo
11. Morrerão
12. O que a Gente podia fazer
13. Depressa 

* Em negrito, as músicas recomendadas